quinta-feira, 30 de setembro de 2010

EDUCAÇÃO INCLUSIVA TEM SALA ESPECIAL

O Sistema Educacional Brasileiro sofreu grandes mudanças nos últimos anos com a implantação da Educação Inclusiva, onde todas as crianças têm direito de permanência nas salas de aula, independente de suas dificuldades e deficiências.

A partir de 2008, o Governo Municipal regulamentou a Educação Inclusiva nas escolas municipais e todas passaram a receber recursos e materiais específicos para a instalação da Sala de Recurso Multifuncional. A intenção é prestar Atendimento Educacional Especializado (AEE) aos estudantes com deficiência como forma de complementar a formação e proporcionar mais autonomia e independência dentro e fora da escola. A Escola Municipal José Machado Neto, no bairro São José, foi a primeira a implantar o atendimento especial na cidade.

Esse atendimento especializado é feito por professores capacitados em Educação Especial, que fazem um curso em turno inverso ao ensino regular, de duas a três vezes por semana. As salas de aula fornecem equipamentos de tecnologia assistida, computadores, softwares educativos e adaptados, jogos pedagógicos, materiais de consumo adaptados como lupa de régua, lupa, caderno de pauta ampliada para baixa visão, histórias em CDs de Libras, enfim, para cada deficiência o professor busca fazer as adaptações necessárias e adequadas. Têm direito a frequentar e receber atendimento especializado nas salas de recursos todos os alunos que apresentam deficiência visual, baixa visão, deficiência intelectual, surdez, deficiência física e transtornos globais do desenvolvimento, o autismo. Em Araçatuba, 422 alunos são beneficiados pelo AEE.

As professoras que trabalham com o AEE ainda oferecem orientação aos pais e professores, além de reservarem um horário para ensinar Libras na sala de aula e na comunidade da Escola. O atendimento não visa a alfabetização e sim o preparo dessa criança, estimulando a socialização para que a criança se desenvolva melhor na sala de aula e na comunidade. A sala de recurso, além de beneficiar os alunos, também atende a comunidade escolar, especificamente pais e profissionais que lidam com o aluno deficiente.

A orientadora pedagógica da Educação Especial Laudinete Nery explica que esse trabalho é muito gratificante. “Não é uma tarefa fácil porque nem todos entendem inclusão como um fato e impõem barreiras muitas vezes até inexistentes, mas é muito gratificante ver o aluno sorrindo, participando com os colegas das atividades que antes não podia ter acesso. É prazeroso ver os alunos que apresentam surdez se comunicando em Libras quando antes eram forçados a se comunicar oralmente”, disse.

CURSO DE LIBRAS

O Governo Municipal também oferece o Curso de Libras para os interessados em efetivar sua comunicação com as pessoas com surdez. “Estamos formando turmas do Curso da Língua Brasileira de Sinais, porque entendemos que a pessoa com surdez tem o direito à acessibilidade na comunicação e percebemos que muitas vezes elas chegam a um estabelecimento, a uma escola, e são tratados muitas vezes com indiferença porque não há conhecimento da Língua de sinais, Língua natural das pessoas com surdez”, explicou a secretária municipal de educação Beatriz Soares Nogueira.

A Secretaria Municipal de Educação ainda realiza anualmente o Seminário Municipal do Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade, que é destinado a professores, coordenadores e gestores da rede municipal e da região.

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