segunda-feira, 2 de abril de 2012

Professoras aprendem a identificar alunos com TDAH

As professoras do Atendimento Educacional Especializado (AEE) do Sistema Educacional de Ensino Municipal de Araçatuba participaram, na manhã desta sexta-feira (30), de sua formação semanal. Todas as sextas essas profissionais se reúnem para realizarem um aprendizado específico, sendo o tema dessa semana “Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade” (TDAH).



Crianças com esse transtorno apresentam geralmente dificuldade de concentração, hiperatividade e impulsividade, resultando em alterações comportamentais, seja em casa ou na escola. Dificultando assim, a interação e aprendizagem do aluno. Esse tipo de aprendizagem colabora para que os professores possam saber como atender às necessidades da criança com TDAH.



O QUE É TDAH?
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é um transtorno neurobiológico. Atinge a parte frontal do cérebro (pré-córtex), que é a parte mais evoluída do ser humano em relação aos outros animais. Compete a essa região cerebral inibir comportamentos (controle de comportamentos inadequados), autocontrole, organização, memória, planejamento e a capacidade de prestar atenção.



Acompanhamentos com psicopedagogo ou com um psicólogo comportamental podem ajudar para que haja um controle do comportamento do paciente. Não existe uma hereditariedade de genes, mas uma predisposição da criança em adquirir o TDAH, sem citar que se a criança é educada por pais com esse transtorno é provável que também desenvolva.



PALESTRANTE
“Estudos trazem que 50% das crianças com TDAH apresentam alterações motoras. No mundo, o TDAH prevalece em 3% a 5% das crianças em idade escolar. Já no Brasil esse número varia de 5% a 17% dependendo da região”, diz a palestrante Gardenia Barbosa, fisioterapeuta e mestranda do Programa de Pós Graduação em Educação Especial da Universidade Federal de São Carlos, a UFSCar.



Segundo ela, as crianças podem apresentar sintomas desde bebê, mas não é uma regra. Pode ser que seja um bebê agitado, com dificuldades para dormir e pode ser que sofra regularmente com cólicas. O comportamento também é percebido como agressividade, animais podem se distanciar por serem maltratados.


“Às vezes ficas notável a desatenção, a dificuldade de aprendizagem, não manter o foco em determinadas ocasiões. E isso evolui se não houver uma intervenção. Mas não é uma regra. Uma criança pode ser um bebê calmo e no decorrer do desenvolvimento apresente alterações”, diz Gardenia.


ATENDIMENTO NAS ESCOLAS
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) é realizado nas escolas municipais de Araçatuba em uma sala de recursos multifuncionais com alunos deficientes. Como o TDAH não é uma deficiência, mas sim um transtorno, não faz parte do público atendido. Mas os professores do atendimento precisam saber identificar se o que a criança tem é uma deficiência ou um transtorno e, assim, encaminhar a criança para o trabalho mais indicado.

“Esse tipo de formação nos atualiza e nos mais ânimo para desempenhar nosso papel. O professor do AEE é um especialista e precisa estar a par de tudo o que ocorre na área da educação, principalmente no que se trata de crianças com deficiência e dificuldades de aprendizado”, diz Mariane Savioli de Araujo, professora do AEE nas escolas Carmélia Mello Fonseca e Luiz Aparecido Bertolucci.

Vale ressaltar que esse atendimento especializado em questão é realizado somente nas escolas municipais de Araçatuba.

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