Promover o desenvolvimento do senso de responsabilidade nas crianças é uma tarefa diária que os pais compartilham com os professores. Para auxiliar nesse momento importante da formação dos pequenos, a escola municipal Cláudio Evangelista Teixeira, do bairro Alvorada, tem desenvolvido projeto que usa mascotes como objetos lúdicos para promover este tipo de cuidado.
Embasado no projeto “Fazer em cantos”, da Secretaria Municipal de Educação (SME), desde 2011 a escola confecciona mascotes e, a cada final de semana, um aluno a leva para casa e fica responsável pelo brinquedo.
Na semana seguinte, esta mesma criança, acompanhada de um responsável, apresenta para a sala como foi a convivência com a mascote. “O objetivo é despertar a responsabilidade, unindo ao brincar”, diz Deborah Basso, coordenadora da escola.
CONFECÇÃO
Deborah explicou que para confeccionar cada mascote foi realizada uma votação em todas as salas para escolher qual seria o bichinho de pelúcia e, posteriormente, seu nome.
“As professoras, primeiro, mostraram mascotes já conhecidas a eles. Daí então, cada uma usou um método de votação que achou pertinente. Para as crianças que não sabiam ler, a professora leu as opções. No Maternal, a mascote foi o brinquedo que as crianças mais pegaram”, informou a coordenadora.
Ela enfatiza, também, que na confecção das mascotes, somente algumas costuras em máquina não foram realizadas em sala, porém todos os alunos participaram de todas as etapas.
EXPERIÊNCIAS
Cíntia Capobianco, mãe da aluna Alana, primeira de sua sala a levar a mascote Coraçãozinho Tum Tum para casa, admitiu que no início estranhou a atividade, mas ao ver o cuidado que a filha teve com o brinquedo, ficou surpresa.
“Foi muito bom conviver com a mascote, pois deu um senso de responsabilidade para minha filha. E o mais interessante é que ela não brincou. Disse que ia guardar para não sujar, pois outros amiguinhos usariam. Ela sentiu a escola em casa e cantava a música da mascote, dormiu com ela e apresentou a todos em casa”, disse Cíntia informando que sua filha tem apenas dois anos e dez meses.
DEPOIMENTO
Outra mãe surpresa é Ana Paula Borsílio, mãe do Enzo, informa que é a segunda experiência com resultado positivo no projeto. “A experiência foi maravilhosa, por ele ser ainda um bebê ele se demonstrou independente. Quando chegou em casa, ele nos apresentou o Elefante Bilú. Em tudo o que ele fez no final de semana, levou o brinquedo”, contou.
Ana conta, ainda, que com os brinquedos dele, o pequeno Enzo não tem tanto cuidado, mas com essa mascote, ele cuidou de uma forma a surpreendeu. “Achei que ele não fosse querer devolver. Mas, ele mesmo chegou e entregou na mão da professora”, disse a mãe, acrescentando que, desde no ano passado, com apenas um ano e meio Enzo, cuidou da mascote de sua sala.
O projeto continua durante todo o ano e todas as crianças deverão levar a mascote de sua sala para casa. Na escola, os brinquedos ficam nos “Cantos de Aprendizagem” com outros brinquedos didáticos disponíveis aos alunos. Ao final do projeto, as mascotes serão entregues ao maternal, passando a fazer parte do acervo de brinquedos da escola.
0 comentários:
Postar um comentário